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Review Tranquility Base Hotel & Casino [Nota 4 de 5]

Um salto gigante
Por: Tom Doyle, MOJO
Estrelas da cidade do aço pousam na lua.
4 de 5

 

Cada álbum do Arctic Monkeys, desde a sua grande estreia de 2006, é um ato de escapismo – contorcendo-se dentro de sua camisa de força para, em seguida, explodir. AM de 2013 foi ovacionado: Número um no Reino Unido, entre o top 10 dos EUA e uma setlist que rendeu seis singles.

Para o novo álbum, o Arctic Monkeys aventurou-se no espaço com uma temática, se não exatamente conceitual, de ficção científica em um futuro próximo com pegadas de soul/lounge e influências cujas espelham o segundo trabalho do The Last Shadow Puppets ‘Everything You’ve Come To Expect’ de 2016. Ao longo há tons de Serge Gainsbourg, David Axelrod, The Beach Boys e várias características do David Bowie entre 1973-75.

Estas canções se originaram em uma série de gravações caseiras feitas por Turner, fitas que depois foram aperfeiçoadas pelos outros Monkeys – ou não (duas canções nem se quer creditam a banda toda) – e o produtor de longa data James Ford, mais convidados incluindo Zach Dawes (Mini Mansions) e James Righton (Klaxons). No entanto o foco permanece em Turner enquanto ele vai de um lado para o outro em seu estúdio particular, movendo-se da guitarra ao piano para o Orchestron e Dolceola (tipos de piano).

Como sempre, é no microfone que ele realmente brilha. Libertando-se (principalmente) e suas canções marcantes de luxúria e observações, ele usa da primeira frase de abertura como um confessionário em “Star Treatment” “I just wanted to be one of The Strokes”, para então fazer um fantástico conto em que ele se projeta como um cantor de cabaré que era “a little too wild in the ’70s”, com tom exótico que ecoa e se agita ao seu redor.

É brilhante e surpreendente, que ele faz com que os comentários sócio-políticos sejam divertidos e atuais: “Golden Trunks” com riffs meio Feel Flows (The Beach Boys) ele imagina o líder de um mundo livre como um ex-lutador de Westler em uma sunga dourada; em American Sports ele olha de volta para a Terra para ver “aura over the battleground states”. A música que dá nome ao álbum é uma instalação de lazer imaginada, cujo apresenta um verdadeiro amigo cordial chamado Mark, ansioso para ajudá-lo a se conectar.

Mas o álbum destaca-se em “Four out of Five”, a gentrificação da superfície da lua realizada: uma pegada Moonage Daydream com trava-língua e harmonias ao estilo 10cc onde “cute new places keep on popping up” e o anunciante de um taqueira continua “rave reviews” (recebendo elogios).

Em suma, o sexto álbum dos Monkeys é um movimento ousado. Enquanto há chances de desagradar alguns fãs, sendo um álbum de transição como o Humbug (embora não tão difícil) e basicamente não o AM 2. Ele dá bastante liberdade ao grupo, como o álbum de estreia do Arctic Monkeys deu. É uma coisa que ninguém imaginou vinda dos jovens Sheffield há mais de uma década atrás. Ao mudarem sua base para lua, agora eles podem ir para qualquer lugar. Ao infinito e além.

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