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Quem são os personagens da vida real por trás das primeiras letras de Alex Turner?

O que sabemos? O que a banda disse sobre a música? O que a música nos ensinou? O que a Internet achou? Conheça quem são os personagens reais pela inspiração das primeiras músicas dos Monkeys, pela NME.

Style: "B+W Dull"

De vagabundos embriagados de rua à bandas indies de merda, as letras de Arctic Monkeys são populares por um elenco de personagens pitorescos, que dá vida vibrante à música. Mas, quem são eles e o que os inspirou a partir da vida real de Alex Turner? Aqui estão algumas investigações de suas primeiras grandes letras…

When The Sun Goes Down

When the Sun Goes Down

Um cara drogado. Uma prostituta sem valor.

O que sabemos: O espaço de ensaio da banda costumava ser em Neepsend – uma parte ‘cabreira’ de Sheffield, onde eles veriam com regularidade garotas de programa traçando caminho ao longo da estrada principal.

O que a banda tem a dizer:
Andy: “Gente sinistra pra caralho”
Alex:”Você veria um sujeito com uma bolsa ou o que seja, e tipo, ‘Que porra você tá fazendo com ela a essa hora da noite?’ Ou você estaria andando levando suas guitarras e alguém passaria e diria ‘Quanto vale uma dessas?'”

O que a letra sugere: Parece ser um caso bem simples. Masturbação.
Uma prostituta está parada em seu ‘ponto’ numa rua de Sheffield assim que o sol se põe, observada por um cafetão num veículo sem licença (dentre outras infracções), até que um sórdido John estaciona ao meio-fio num Ford Mondeo. Eles desapareceram na noite, enquanto Alex Turner está parado do outro lado com um notebook, um lápis e um olhar no ‘ser’ dessa Geração Sting, tudo avidamente anotado para esse grande material.

O que a internet acha: “É um tributo às prostitutas e seus cafetões – entretanto eu amo essa música!!!”
“‘Eles estão infectados mas ele vai ficar bem.’ Eu acho que ele quer dizer que eles têm aids?”

O que eles nos ensinaram: Não se torne uma prostituta se você é sensível ao frio, porque você realmente não vai ter muita crientela quando está usando um bonito casacão de lã, uma calça justa e um gorro.

Equivalente à vida-real: Wayne Rooney [jogador de futebol] e vovó massagista.*

Rooney

*Nota: Em 2004 o tabloid The Sun relatou que Rooney, aos 16 anos, visitava uma senhora de 54 anos em uma casa de massagem e pagava-a para ter sexo. A mulher processou o jornal pela mentira.

Fake Tales of San Francisco

Fake Tales Of San Francisco

Uma banda de Rotherdam que preferia ser de Cal-i-for-nay-ah (Califórnia)

O que sabemos: Alex Turner trabalhou no clube noturno The Boardwalk, em Sheffield, que se ergueu contra às filas de diversos posers de bandas wannabe sub-Razorlight, que migrou pra urch-rock, dando-lhes a ideia para ‘Fake Tales of San Francisco’.

O que a letra sugere: A referência a chapéus e vinho branco são um buraco de minhoca que levam direto para 2005, quando por 7 libras você podia, a qualquer noite, assistir seis bandas naquele estilo bem arrumadinho em camisetas impecáveis. É, também, amplamente desconhecido que New York Stadium na verdade é a casa de Rotherham FC [Time de futebol] (Bem, desde 2002 – Ed).

O que a internet acha: “Eu fiquei com a impressão que eles estão em um casamento, e a banda parece bem maneira e do momento, mas que na realidade é horrível…’Tudo que resta, é a prova de que o amor não é apenas cego, mas surdo.’ E ‘todas as estrelas de rock da semana estão no toalete ensaiando suas notas musicais.’ Por eles serem apenas uma banda de casamento, provavelmente essa não é sua profissão principal.”

O que eles nos ensinaram: Certifique-se de que você aumentou o volume dos fones de ouvido antes, assim você não precisa ouvir tantas bandas de apoio de lugares desinteressantes.

Equivalente à vida-real: The Family Rain. [Banda]*

by Lloyd Ellington

by Lloyd Ellington

*Nota: A banda inglesa faz shows e pequenas aberturas desde 2010, mas só lançou o primeiro álbum oficial em 2014. NME pode estar se referindo a esta casualidade de ser músico e dificilmente conseguir levar para a banda para a vida profissional.

Fluorescent Adolescent

Flourescent Adolescent

Um cara drogado. Uma prostituta sem valor.

O que sabemos: Ganhou vida como um jogo-de-palavra entre Alex Turner e a sua ‘então-namorada’ Johanna Bennett. “Estávamos de férias e tínhamos nos desligado de tudo…” ela disse ao The Observer. “Então, para não enlouquecer, começamos a zoar com essas palavras, como um jogo, cantando-as um pro outro.”

O que a banda tem a dizer: Alex: “Começou como uma brincadeira. Então fomos gostando, ‘Aqui outro verso…’ Algumas linhas foram delas. Eu não podia não creditá-la.”

O que a letra sugere: Uma mulher que se casou jovem, e infelizmente, com “um cavalheiro que não é gentil”, e vira os melhores anos de sua vida afunilarem num deserto sexual deprimente.

O que a internet acha: “Uma mulher que está passando pela menopausa: ‘Aquela “Blood Mary” tá precisando de um Tabasco.'”

O que eles nos ensinaram: Transar fica enfadonho enquanto você vai envelhecendo, então transe muito agora e você terá recordações sexuais suficiente em banco.

Equivalente à vida-real: Marianne Faithfull. [Cantora e Atriz]*

Marianne Faithfull

*Nota: Marianne Faithfull foi uma grande cantora e atriz britânica. Cantou músicas compostas por Mick Jagger e participou do coro All You Need is Love do The Beatles. Entretanto sua carreira começou a decair drasticamente nos anos 70 – envolveu-se com drogas e foi esquecida do mundo da fama. Tentou se recuperar nos anos 90 e hoje apenas grava músicas e participa de algumas peças e aparições na TV.

505

505

Uma garota com suas mãos entre as coxas.

O que sabemos: Turner admite que se refere a uma ex-namorada. Olhando sua ‘timeline’ e quando foi possivelmente composta, Johanna Bennett é bem provável.

O que a banda tem a dizer: “A primeira canção propriamente de amor que fizemos… e tipo,”Oh, essa é única!”

O que a letra sugere: Relato elíptico de uma relação vislumbrada em bytes nostálgicos, fragmentos, imagens: as sete horas de voo, os 45 minutos de estrada. Está impregnado com a sensação de distância e ânsia para chegar.

O que a internet acha: “É sobre o Alex Turner indo pra casa da sua namorada (‘505’) para dar um pé na bunda dela depois de ter sido alertado por sua mãe.”
“A linha “The knife twists at the thought that I should fall short of the mark” refere-se ao poema de T.S. Eliot, ‘Rhapsody On A Windy Night’ [Rapsódia de uma noite de vento].

O que eles nos ensinaram: O mundo divide-se em dois tipos: aqueles que interpretam ‘mãos entre suas coxas’ como um gesto delicado e vulnerável; e os bastardos da internet que veem malícia em qualquer lugar.

Equivalente à vida-real: Alexa Chung [ex-namorada de Alex]

alexachung

Do The Bad Thing

Do the Bad Thing

Sr. Brian Tempestade [Storm]

O que sabemos: Completamente tirado da vida-real. Na turnê do primeiro álbum, em Tóquio, a banda conheceu atrás dos palcos um tagarela que, de alguma forma,conseguiu passar pela segurança até eles.

O que a banda tem a dizer: Alex:”Eu não consigo me lembrar de Brian agora… Eu não sei se ele estava na minha cabeça ou quê… é um espaço em branco no meu cérebro… Acho que era isso que ele queria.”

O que a letra sugere: Eles descrevem esse lendário Slick Rick que podia ter qualquer garota que quisesse, que movia nuvens de tempestade através do mundo, reinando em qualquer lugar que fosse. A exata proporção de sarcasmo/temor é difícil de julgar, mas aparenta haver mais um toque deste último.

O que a internet acha: “Brian é meu companheiro de negócios no Japão. Um grande fã de AM que muito casualmente mencionou que enquanto comia um hambúrguer em Tóquio, ele conheceu a banda, com sua esposa e filho, atrás do palco e me passou a foto com a banda. Ria copiosamente com sua camisa e gravata combinando.”

O que eles nos ensinaram: Ficar atrás do palco, ‘roubar a vez’, ser o Cara-do-Metabolismo-Acelerado e Um puta de um cachaceiro não fazem de você automaticamente maneiro.

Equivalente à vida-real: Perez Hilton.*

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*Nota: Blogueiro sensacionalista que faz pesadas críticas a celebridades do mundo norte-americano e o levou a ser processado por várias vezes. Ele já participou de vários videoclipe de famosas como Rihanna e Britney Spears.

Cigartte Smoker Fiona

Cigarette Smoker Fiona

Fiona. ‘Novinha’ bonita. Alguns cigarros. Bem granfinos.

O que sabemos: A música foi originalmente chamada ‘Cigarrete Smoke‘ e vinha com uma ordem de letra totalmente diferente, sobre um sujeito de cara oleosa puxando uma ‘carreira’ na coxa de uma stripper. Pouco depois do EP ‘Beneath The Boardwalk’, Turner decidiu reescrevê-la ajustando-a melhor com seu estilo emergente.

O que a letra sugere: Possivelmente algo que deu errado. Definitivamente em uma certa parte da faixa os pais de Fiona saíram, e ela está à piscina com Alex, fumando um cigarro, observando atentamente o crescimento da festa que ela começou e não consegue terminar, considerando fato de ter ficado ‘acidentalmente’ chapadona.

O que a internet acha: “Ela era rica e facilmente podia ser uma riquinha esnobe, mas não o era.”

O que eles nos ensinaram: Se você ouvir esta faixa com bastante atenção, você consegue escutar um ministro júnior lhe dizer, repetidamente, que fumar pode causar problemas de nascença.

Equivalente à vida-real: Pippa Middleton [irmã da Duquesa e Cambridge].

Pippa-Middleton

*Nota: Pippa Middleton, irmã da princesa Kate Middleton, já se envolveu em algumas polemicas e até saiu em uma foto onde ela e seu companheiro estavam dentro de um conversível e ele segurava e apontava uma arma de fogo para o paparazi.

Do me a Favour

Do Me a Favour

Um amor rejeitado. A rejeição: provavelmente Alex.

O que sabemos: Parece autobiográfico, como Alex admitira.

O que a banda tem a dizer: “É sobre um adeus. Sério, e sobre como eu sendo bastante bobo. Talvez eu estivesse querendo viver algo a mais e, olhando pra trás, sentia como se você fora um bocado cabeça dura, em como você trataria aquela pessoa. Apenas descreve um adeus. Há uma outra coisa – quando você está com alguém, eles parecem mais felizes em fotos antes que você as encontre, ou mais felizes em estórias antigas. Eu acho que eles sempre estão.”

O que a letra sugere: A hora mais conturbada de um fim conturbado de um relacionamento conturbado. Lágrimas ao volante. Ela, mancando com seus ‘sapatos desatados’, um sorriso forçado e um aceno de despedida. Um incentivo pra um”quebre meu nariz”. A amargura crescente (“pare de se bajular!”) e Alex imaginando se arrancar o gesso de uma vez com um caloroso ‘foda-se’, podia valer a pena, ou se poderia só comprometer demais o que se passou.”

O que a internet acha: “Essa música foi escrita sobre o dia que ele terminou com sua namorada, quando eles tinham composto o segundo álbum e estavam se mudando de Sheffield… pra longe dela.”
“Eu acho que essa música é sobre um rompimento (obviamente), mas foi causado pelo namorado pressionando a garota a transar quando ela não estava se sentindo preparada. Eles ‘ficaram’ num carro pequeno (induz um pouco quando o carro vira uma curva), mas nenhum deles estavam preparados.”

O que eles nos ensinaram: Dê um pé na bunda por mensagem.

Equivalente à vida-real: Nicole Appleton [cantora canadense de música pop].*

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*Nota: A escolha de Nicole, da banda All Saints, pode se referir ao desastroso romance com Robbie Williams (Grupo Take That). Eles se conhecerem e casaram em pouco tempo. Nicole alegou para alguns jornais ter perdido o bebê de Robbie e ele ficou devastado. Ela também contou que tentou se matar por causa disso. Robbie era dependente químico na época.

Traduzido pela equipe AMBR.

Matéria original: Fonte NME

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