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ARQUIVO/ENTREVISTA: “Não estão de brincadeira”

Entrevista de 2005, antes mesmo do lançamento do álbum de estreia.

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Quando os Arctic Monkeys chegaram em New York pela primeira vez, eles já tinham sido chamados de a maior banda britânica; seu single, ‘I Bet You Look Good on the Dancefloor’, tinha acabado de ir ao número um no Reino Unido; e eles já tinham recebido perfuros aurais de Noel Gallagher. Os dois shows que tocariam em New York se esgotaram meses antes que o segundo fosse realocado do Mercury Lounge para o Bowery Ballroom, maior para atender a demanda. Dizer que eles eram a nova grande coisa era admitir uma falta de previdência.
Segundo todas as fontes, o primeiro show foi para “os tipos da indústria”; o segundo, para “as pessoas normais” (muitas das quais, incidentemente, tinham sotaques geograficamente similares com os dos quatro garotos de Sheffield: Alex Turner nos vocais, Jamie Cook na guitarra, Andy Nicholson no baixo e Matt Helders na bateria). E segundo as fontes, ambos os shows foram dinâmicos. Para uma banda que tem sido tão “hypada” como o Arctic Monkeys, não havia um truque real nas performances — a menos que você considere como truque uma banda jovem a se divertir no palco. No Bowery [pub, em Sheffied], o grupo entrou em palco do “Next Episode” do Dr. Dre, e botaram pra ferver com seu set com a ajuda significante dos membros plateia, muitos dos quais cantavam acompanhando cada palavra.
O [álbum] debut da banda não está programado para ser lançado até o próximo ano [2006]. Conterá versões regravadas da maioria das demos que tem circulado com certo fanatismo por toda a internet, uma ferramenta que tem sido creditada como a chave-mestra no alcance da banda à seu status atual. Sentamo-nos com Helders no Mercury Lounge antes do primeiro show em New York City e aprendemos sobre o início da banda, a verdadeira história por detrás do nome e a completa falta de conhecimento de computadores pelos membros [da banda].
Prefixmag.com: Quantas entrevistas vocês fizeram hoje?
Arctic Monkeys: Nenhuma. Esta é a primeira.
PM: Vocês tem algumas depois [desta]?
Arctic Monkeys: Sim, acho que sim.
PM: Quantos anos vocês tem?
AM: Três de nós tem dezenove e um está com vinte.
PM: Algum de vocês foi para a faculdade?
AM: Sim, fomos, porque na Inglaterra você começa uma faculdade aos dezesseis anos. Você deixa o ensino médio aos dezesseis e vai para a faculdade por dois ou três anos. E eu e Alex, o cantor, fizemos [faculdade] quase dois anos.
PM: Então vocês terminaram?
AM: Sim, terminamos a uns dois anos atrás.
PM: E depois você trabalhou num emprego 9-5 [horário comercial da Inglaterra, das 9h da manhã às 17h da tarde]?
AM: Sim, sim. Comecei trabalhando meio-período.
PM: Há quanto tempo a banda está junta?
AM: Há uns três anos. Um pouco mais de três anos.
PM: Vocês já eram amigos?
AM: Sim, éramos amigos antes de formarmos a banda — antes de aprendermos os instrumentos, na verdade. Aprendemos juntos. Foi uma ótima maneira de trabalhar.
PM: Então vocês se conheceram no colégio?
AM: Bem, eu e Alex crescemos juntos; (nos conhecíamos) desde que tínhamos uns sete ou oito anos. E nós todos vivíamos bem próximos um do outro, então estamos ligados desde bem novos.

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PM: Quando você teve a aspiração de estar numa banda?
AM: Não sei. Foi apenas o tipo de coisa a se fazer quando éramos mais jovens. Aos quinze ou dezesseis, alguns de nossos amigos estavam em bandas que costumávamos ir assistir, e nós meio que achamos que parecia uma coisa interessante a se fazer. Você vê pessoas em bandas e você imagina como se entra nessa indústria —parece bem problemático. Mas é na verdade bem fácil começar uma banda, então sabíamos que poderia ser feito, e apenas decidimos começar a banda.
PM: Houve alguma mudança no lineup até agora?
AM: Não, tem sido assim desde o início.
PM: Algum de vocês já pensou em sair?
AM: Eu acho que não. Eu nunca!
PM: O nome da banda — vem do [nome do] baterista da banda de seu pai?
AM: Não, não. Essa é uma mentira, também. Vou te contar a verdade. Nós inventamos isso por causa que nós tínhamos muitas pessoas nos perguntando isso no UK — cada um dos entrevistadores nos perguntavam sobre. Então, nós apenas começamos a criar estórias. Nós criamos tantas que foi difícil seguir uma linha [lógica].
É só um nome. Jamie, o guitarrista, apareceu na escola com isso antes que fôssemos uma banda. Ele sempre quis estar numa banda chamada Arctic Monkeys.
PM: A maioria dos nomes das bandas são um pouco estranhos para se entoar nos shows, porém as pessoas têm entoando ‘Arctic Monkeys’ nos shows?
AM: Eles entoam ‘monkeys’ em vez disso. Na Inglaterra, eles gritam ‘monkeys’. No Canadá, na noite passada, estavam entoando ‘arctic’.
PM: Então, este é o primeiro show nos Estados Unidos pra vocês?
AM: Sim, estivemos no Canadá noite passada.
PM: Como foi?
AM: Foi um [show] bom.
PM: Vocês não estavam nervosos?
AM: Bem pouco, mas parece mais empolgante que qualquer outra coisa. É um desafio tocar para novas pessoas.
PM: O que vocês pensa das diversas publicações de pessoas chamando a sua banda de a próxima grande coisa [do momento]? Como se sente sobre isso?
AM: É lisonjeiro as pessoas dizerem isso e legal de se ouvir, mas você não quer chegar ao ponto que isso não se trate de música — isso se trata de as pessoas dizerem que gostam, então elas gostam. Eu não quero que as pessoas gostem de nós pelas razões erradas. Mas, eu acho que as pessoas não são estúpidas. Elas conseguem ver além e perceber que realmente gostam da gente.
PM: Que papel, você acha, a internet teve em onde a banda se encontra hoje?
AM: Uma parte bem grande, na verdade, mas não é como se nós tivéssemos tido um plano. Costumávamos gravar demos e depois gravá-las em CDs e dá-los nas apresentações. Obviamente não havia muitas demos disponíveis [CDs], por isso as pessoas costumavam compartilhá-las na internet, o que foi uma boa forma para que todos as ouvissem.
Então, costumávamos compartilhar — não a gente em pessoa, nós nem mesmo sabíamos como fazê-lo — mas sim os fãs. Tinha um cara que veio nos filmar — dois, na verdade; um deles é o cara principal que pôs as músicas na internet. Assim, os fãs apenas enviavam-nas para outros, o que não nos incomodava porque nós nunca fizemos essas demos para fazer dinheiro ou algo assim. E isso deixou as apresentações melhores, porque as pessoas sabiam as letras e acompanhavam junto. Não podemos reclamar disso.

PM: O cara que colocava as músicas na internet — vocês já o conheciam?
AM: Sabíamos dele; nós o vimos algumas vezes. Mas ficamos sabendo dele através disso tudo, pois ele é fotógrafo também, e fez o primeiro video [clipe]. Os dois caras que estão aqui esta noite fizeram o video de “Fake Tales of San Francisco”. Na verdade não passou nos Estados Unidos. ‘Tava apenas no Web Site, mas acabou na MTV da Inglaterra.
PM: E ele está na tour de vocês agora.
AM: Sim, ele está filmando.
PM: Então, vocês nem mesmo sabiam como pôr sua música na internet?
AM: Não, não.
PM: Vocês são usuários de internet?
AM: Só de e-mail, essas coisas; iTunes, coisas assim. Mas nenhum de nós sabia realmente como fazer [upar músicas]. Foi um carinha da faculdade que fez o Web site. Tínhamos tentando pôr música no site, mas não funcionou muito bem. As pessoas não conseguiam ouvir adequadamente.
PM: Percebi que vocês tem um site bem popular no Myspace.
AM: Não sabemos disso, mesmo.
PM: Então não são vocês?
AM: Não, não. Outro dia, alguém disse pra gente: “Eu vi seu perfil no Myspace”. E eu: “Eu nem sei o que é MySpace”. (Quando fomos número um na Inglaterra) estávamos em noticiários e rádios sobre como o Myspace nos ajudara. Mas esse é o exemplo perfeito de alguém que não sabe de que merda eles estão falando. Nós na verdade não tínhamos ideia do que (o Myspace) era.
PM: Outra banda que parece surgir com frequência em conversas sobre internet e música é a banda do Brooklyn, Clap Your Hands Say Yeah. Soa familiar a vocês?
AM: Sim, já ouvi falar deles, mas na verdade nunca os ouvi. Eles estão na Inglaterra no momento?
PM: Parece que sim, mas não tenho certeza.
AM: Acho que eles podem ter vindo a uma de nossas apresentações em Munique. Havia o rumor de que eles estavam assistindo. Embora eu nunca os tenha visto.
PM: Eu só os trouxe [à conversa] porque a maioria de sua aclamação veio da internet. O que você acha dos críticos que afirmam que vocês são o “assunto do mês”?
AM: Eu consigo entender porque as pessoas dizem isso, mas não acho que é isso. [Mas] Não é exatamente isso enquanto a tudo [bandas] que está rolando agora. Você consegue ver que algo está acontecendo agora na música, especialmente na Inglaterra. Não sei como é lá fora [mundialmente], mas na Inglaterra você vê que um certo tipo de música está acontecendo. Você vê que mais e mais bandas estão fazendo a mesma coisa. Mas eu não acho que nossa banda é o mesmo destas. Então, eu acho que poderemos durar. Estamos nisso há muito tempo, fazendo essas músicas, e estamos fazendo este primeiro álbum agora — terminamos de gravá-lo—e temos umas oito músicas para o segundo álbum que vem progredindo mais a fundo que este. Consigo vê-los atraindo um público mais maduro, também.
PM: Você tem ideia de quando o álbum vai sair no UK?
AM: Janeiro — fim de janeiro ou fevereiro.
PM: Depois sairá nos Estados Unidos?
AM: Sim, acho que um mês depois.
PM: Mas vocês já começaram [a trabalhar] o segundo álbum?
AM: Ainda não gravamos nada, mas temos umas quatro músicas completas e temos umas quatro ideias para novas músicas, também.
PM: São diferentes das desse primeiro álbum?
AM: Um pouco. Tínhamos [algumas] músicas enquanto gravávamos esse álbum, e nós (nos perguntamos), se devíamos pô-las neste álbum ou não. Tivemos um grande sucesso local com as demos, então pensamos que devíamos regravar algumas delas. Mas há certas coisas que você não pode mexer. Se as pessoas ouvirem a isso em dez anos, não será uma representação apurada do que se nós tivesse posto apenas músicas novas. Então é só pra lembrar as pessoas de como era.
PM: Esse álbum está saindo pela EMI?
AM: Está na Domino, mas é da EMI Publishing.
PM: E quanto aos Estados Unidos?
AM: Domino, também. Mas eu acho que é apenas para uma certa quantidade de prensagens — talvez 100,000 ou algo assim — por que eles são bem menores por aqui e podem precisar de um pouco de ajuda. É isso o que eu entendi.
PM: As pessoas estão dizendo que o acordo foi de milhões de libras.
AM: Não, não. Havia um jornal na Inglaterra que disse que assinamos com a EMI $750,000 de dólares e com o selo na Inglaterra por um acordo editorial de um milhão de dólares. É tudo bobagem. Não sei de onde isso vem. Diz: “uma fonte próxima a banda nos disse.” Não. Eles só estão inventando isso.
PM: Seja qual tenha na verdade sido o acordo, você comprou alguma coisa legal depois?
AM: Eu comprei um carro do acordo editorial.
PM: Que tipo de carro?
AM: Não sei se vocês tem eles por aqui: um Vauxhall Corsa. É como um carro sport pequeno.

PM: Qual é a história por trás do video de “I Bet You Look Good on the Dancefloor”?
AM: Tínhamos na Inglaterra um programa chamado “The Old Grey Whistle Test”, dos anos 70 e 80. Era um programa ao vivo onde um monte de bandas ótimas tocavam. Todos nós gostávamos de assistir ao DVD do programa e depois tentávamos recriar aquilo. Tentamos fazer completo, tinha o cara que apresentava as bandas no começo, e ia pra esse tipo de coisa — então parecia bem como os programas musicais britânicos dos anos 70 —usa da mesma câmera que costumavam usar e tudo o mais, ia pr’um estilo antigo.
PM: Eu curto o video, mas parece estranho; vocês pareciam loucos sem uma plateia.
AM: Nós tocamos ao vivo —não é uma base. É uma gravação separada, como o Strokes faz com seus videos, às vezes. Quando você vê pessoas em programas de T.V., ainda sim você tem de dar uma boa performance.
PM: É estranho agora tocar essa música agora que [ela] é tão grande?
AM: Sim, é um pouco. Ainda é bom tocar por causa da reação, especialmente em países diferentes.
PM: Vocês se sentem obrigados a tocá-la?
AM: Eu acho que sim. Na Inglaterra, na turnê no UK, tocamos “Fake Tales of San Francisco” e depois “I Bet You Look Good on the Dancefloor” como as duas primeiras músicas, que foram os dois primeiros singles. É só uma dessas coisas que fizéramos só para ver o que conseguimos com isso.
PM: Qual tem sido o problema mais difícil que a banda encontrou até agora? Você já teve algum problema decisivo?
AM: Não, nenhum na verdade. Só às vezes decisões sobre photo shoots. É sempre desconcertante quando você não quer fazer algo. Você diz não, mas você não quer também ferir os sentimentos de ninguém.
PM: Esta é a sua parte menos favorita de toda a coisa de imprensa? Fotos? Entrevistas?
AM: Eu acho que fotos. Na Inglaterra, podemos nos permitir a dizer “não” a muitas coisas — estamos numa posição de fazer o que queremos. Obviamente, nem sempre foi assim. Há tantas coisas que são sugeridas para fotos e T.V. Você se sente dizendo “não” a todas as coisas. Aparentemente, recusamos 60% [de convites] da imprensa.
Não sei qual é a coisa pior, sério. Geralmente são photo shoots, quando você não quer fazer algo. Você apenas reporta a estas grandes empresas, e tipo assim: “Não, não queremos fazer isso.” E depois você vê seus rostos, e tipo: “Me desculpe. Nós só não queremos fazer isso.”

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PM: Olhando para o passado, houve um ponto de virada específico para a banda?
AM: Sim, houve um show onde percebemos que as coisas estavam avançando. Estávamos num show em Sheffield, perto do Natal, ano passado. Aquele foi o primeiro show que estava realmente lotado. Não era uma grande casa [de show] — provavelmente em questão do tamanho (do Mercury Lounge). Foi o primeiro show onde as pessoas (que não reconhecemos) estavam cantando junto. A gente ficou tipo: “Como vocês sabem a letra?” Aquilo foi definitivamente o ponto onde ficamos imaginando: “O que ‘tá acontecendo aqui?” Depois [quando] saímos do palco, Alex disse: “Você viu aquela garota que estava cantando junto? Quem era ela? A gente nem mesmo sabe quem ela é!”
PM: Quais são seus próximos planos?
AM: Depois dessa turnê nos Estados Unidos, temos o Japão e depois estamos de volta na Inglaterra por mais ou menos um fim de semana. Depois estamos de volta na Europa para imprensa e alguns shows com Franz Ferdinand, e daí temos um show logo depois desse — nosso próprio show em um clube. Então é assim, terminamos apoiando* (*abrindo o show) Franz Ferdinand, praticamos, e daí tocamos nosso próprio show para ‘espalhar mais a palavra’ na Europa. Depois um pouco de gravação, três semanas depois do Natal, e em seguida, próximo ano estará frenético.
PM: Está preocupado de acabar ficando exausto?
AM: Sim, mas é tudo empolgante nesses dias. É tudo muito novo pra nós.
PM: Vocês já estiveram nos Estados Unidos antes?
AM: Sim, não com a banda, mas em férias e tal. Eu nunca estive em New York, mas meu irmão viveu na Carolina do Norte. Estive na Florida e Disneylândia, e tal.
PM: Vocês são fãs de Oasis, correto?
AM: É uma banda que sempre fomos gamados. Oasis sempre tem sido, mesmo desde que éramos crianças e crescemos. Não necessariamente suas coisas mais novas, mas sempre pegarei o primeiro e o segundo álbum deles e os ouvirei.
PM: Eles têm falado sobre vocês?
AM: No Radio 1 [da BBC], Noel Gallagher comentou sobre o nome da banda, dizendo que era uma porcaria de nome. Mas nos foi dito pelo seu empresário — por causa que nosso empresário conhece o empresário dele — que ele realmente gosta da gente. Mas um monte de gente extrapola. Jo Whiley é a “deejay” da Radio 1 que o entrevistou, e ela tinha uma aposta com ele. Ele disse que qualquer banda com um nome como esse não ganharia nenhum Brit awards ou Grammys. Eles apostaram umas 50 libras. Então eles tinham uma aposta no ar e é uma coisa permanente agora no UK.
PM: O que acontece de as bandas no UK desrespeitarem uma às outras na imprensa? É como o hip-hop no Estados Unidos.
AM: É, é como a cena do rap. Mas essa é uma outra coisa que extrapola as proporções pela imprensa. Agora, a NME está tentando criar um como se tivesse algum atrito com o Kaiser Chiefs, mas eu acho que é por causa de que nós não nos importamos o bastante para escrever sobre. Não saímos socando repórteres e atirando TVs pelas janelas, então eles precisam encontrar algo para escrever.
PM: As pessoas estão tentando criar um atrito entre vocês e o Kaiser Chiefs?
AM: Algumas coisas tem sido ditas, mas nada que criasse alguma intriga.
PM: Vocês têm namorada agora?
AM: Eu tenho, mas os outros caras não.
PM: Vocês recebem telefonemas de ex-namoradas ou de pessoas que há muito não tem ouvido falar?
AM: Na verdade, sim; o dia que fomos número um. Ela não era uma namorada, mas ela ia para escola comigo e o Alex, e ela sempre foi uma amiga próxima de quem você gostaria de sair. Perdemos completamente o contato depois da escola, então ela fingiu que não nos conhecia numa fila de um clube um ano depois. E isso influenciou uma música que temos agora. Depois ela conseguiu de alguém o número do Alex, algumas semanas depois. Então, ela liga um dia e diz parabéns e coisas assim. Daí ela pergunta: “Alguém mais está aí? Matt está aí?” e Alex diz: “Ah, sim, Matt ’tá aqui.” Daí ele me coloca na linha e não me diz quem é! Ela diz: “Me manda o seu número. Temos que nos reunir e sair algum dia.” E eu tipo “é, é, é.” Não percebi quem era até que eu desligasse o telefone.
Depois teve outra com quem Alex costumava sair. Ela ficou cara a cara. (Uma de suas amigas disse a ela que ele estava numa banda agora) e que eles tinham acabado de assinar [contrato], e daí ela disse, “Ah, posso ter o número dele?” Só por que estávamos assinando! Essas garotas costumavam dizer: “Me mande mensagem quando estiver contratado.” Que que você quis dizer com ‘me mande mensagem quando estiver contratado?’ Nunca na minha vida vou te mandar mensagem. Mas é engraçado. A pessoa com quem estou saindo; estamos saindo desde antes de estar contratados.
PM: Que bom. Você tem uma ótima garota.
AM: É o que quis dizer. Agora você não pode confiar em qualquer um.
PM: Li em algum lugar que vocês eram bem viciados em hip-hop?
AM: Bem, três de nós somos. Não tanto mais de quando estávamos na escola.
PM: Maioria coisas do UK?
AM: Acho que sim, mas quando estávamos na escola era sempre Dr. Dre e Eminem. Como o 2001 [álbum] de Dr. Dre e a turnê “Up in Smoke”. Nós compramos esse DVD outro dia pra turnê de ônibus. E também, coisas como DJ Format [DJ de hip-hop].
PM: Para as próximas perguntas, eu vou dizer o título de suas músicas, e você me dize a primeira palavra que vier na cabeça. A primeira é “I Bet You Look Good on the Dancefloor.”
AM: Número um.
“Fake Tales Of San Francisco.”
AM: Contagiante.
“Still Take You Home”
AM: Ex-namoradas.
“Dancing Shoes”
AM: Essa vai ter mais que uma palavra, mas ‘procurando por um amor’.
“From the Ritz to the Rubble”
AM: Porteiros ou seguranças.
“Red Light Indicates Doors Are Secured”
AM: Táxis.
“The View From the Afternoon”
AM: Baladas.
“Perhaps Vampires Is a Bit Strong But…”
AM: Solo de bateria. Essa é a minha vez de brilhar. [Risadas] “You Probably Couldn’t See for the Lights But You Were Looking Straight At Me”
AM: Amor secreto.
“When the Sun Goes Down”
AM: Cretino* [*Scummy]. Era assim que costumávamos chamá-la. Às vezes é reconhecida assim, mas não é o nome real.
“Mardy Bum”
AM: Namoradas.
“A Certain Romance”
AM: Clássico.

Data: 21/11/2005

Fonte: PrefixMag

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