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Os álbuns classificados em Ordem de Grandeza, segundo Gigwise

Gigwise lançou uma matéria sobre os álbuns dos Arctic Monkeys e os colocou em um Rank por “Ordem de Grandeza”. Confira abaixo as posições e suas justificativas, segundo o site inglês!

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Já faz mais de dois anos desde o lançamento de AM, e a julgar pelo padrão de seus lançamentos até então, um novo álbum de Arctic Monkeys chegar no fim de 2015 ou no início de 2016 não está completamente fora de questão. Mas qual álbum tem sido o melhor até então?

Se você voltasse a 2005 pra mostrar aos jovens Arctic Monkeys o que eles se tornariam ao longo de dez anos, provavelmente ririam do topete e do look moto-rockeiro. Contudo, sua transição de um álbum a outro tem sido vasta, tem sempre feito sentido e está se idealizando constantemente, direcionando o grupo a se tornar a melhor banda de sua geração. Entretanto, qual álbum chega ao topo?

Para responder a essa pergunta desafiadora, o Gigwise classificou os álbuns dos Monkeys em ordem de grandeza, do pior pro melhor…

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5. Favourite Worst Nightmare

De longe, tinha de estar na posição mais baixa, porém não é um álbum ruim sob nenhum aspecto. Embora o segundo esforço proporcionou uma volta rápida, calando a boca de pessimistas ou chorões do ‘não acredite no hype’, acabou que o álbum não era tão bom quanto o restante de seu repertório quase-perfeito. A qualidade desse LP é paralela ao melhor trabalho de algumas bandas. Neste segundo álbum deu-se o nascimento de uma importante aventura pra banda em baladas, nomeada ‘Ony Ones Who Know‘, cujas baladas Turner dominaria mais à frente; embora também exiba em ‘Brianstorm‘ um interesse inspirado num Queen of the Stone Age mais ‘pauleira’.

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4. Suck it and See

O álbum número quatro viu Turner abraçar sua influência americana do estilo de summer-pop dos anos 60. As 12 faixas eram menos colaborativas e mais melodias de singer/songwriter¹ com o acompanhamento da banda, que abria caminho pra Turner florear no seu jogo de palavras à la John Cooper Clarke.

As letras, influenciadas por escritores tal como Tom Wolfe, indiscutivelmente têm os melhores versos de romance de Turner em ‘Reckless Serenade’ ( When she laughs, the heavens hum a stun-gun lullaby) [Quando ela ri, o paraíso atira uma cantiga de ninar], humor em ‘The Hellcat Spangled Shalalala’ (Her steady hands may well have done The Devil’s pedicure) [Suas mãos firmes podem muito bem ter feito as unhas do Diado], pra verdadeira bizarrice (Library pictures of the quickening canoe) [Biblioteca de fotos da canoa vivificante]. O esquema singer/songwriter é por vezes deixado de lado em favor dos estupendamente divertidos riffs² de ‘Don’t Sit Down ‘Cause I’ve Moved Your Chair’ e a infame divisora de fãs, ‘Brick by Brick’ – mas quem mais teria culhões pra incluir ‘I wanna rock and roll’ numa faixa de álbum?

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3. Humbug 

Os Monkeys saíram do habitat de seus lares, trocando as ruas industriais de Sheffield, no UK, pra um deserto californiano estranhamente escasso, nos USA. O quarteto juntou-se numa colaboração improvável (na época) com Josh Homme do Queens of the Stone Age, que extraiu psicodelia do grupo. A banda experimentara a técnica de produção idiossincrática de Homme (“Faça aquele baixo elétrico soar como uma gordinho comendo chocolate”) modelando forma para os graves lentos que pairam em ‘My Propeller’ e ‘Dance Little Liar‘, desert rock³ em ‘Dangerous Animals‘ e o confuso devaneio de ‘Fire and the Thud‘. Um álbum extremamente importante para o crescimento deles como banda.

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2. Whatever People Say I’m, That’s What I’m Not 

O clássico moderno que disparou a banda à alturas vertiginosas onde nenhuma banda chegara até então, provando que a banda era muito mais que apenas ‘o hype’ que girava ao redor deles na época.

O álbum conseguiu impressionantes 360,000 unidades em sua primeira semana, se tornando o álbum de estreia mais vendido desde o ‘Definitely Maybe‘ do Oasis, e não é difícil perceber porquê as músicas são calcadas o caminho todo por meio de observações espirituosas, personagens vívidos e narrativa totalmente relacionável – é um guia completo e honesto da vida adolescente do UK. O álbum lida com falsas estrelas de rock de fim de semana em ‘Fake Tales of San Francisco‘, noitadas frustrantes em ‘From the Ritz to the Rubble‘ e apresenta a narrativa maravilhosa da área de prostituição de Sheffield em ‘When the Sun Goes Down.’ Dê a este temas uma explosão pungente e um plano de fundo de faltas [de aulas] e você tem seu próprio clássico moderno.

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1. AM 

Realizar um clássico moderno é uma conquista suficiente por si só, porém fazê-lo novamente quatro álbuns depois, praticamente nunca se ouviu falar. AM é um trabalho gratificante que fecha o círculo, estabelecendo o quarto pedaço como um dos maiores álbuns modernos. O álbum de estreia ‘Whatever People Say I’m…’ foi um clássico involuntário mesmo com o grupo completamente alheio de seu talento e capacidade, mas dentro das paredes de AM as intenções do grupo seriam completamente ponderadas.

O álbum pegou os aprendizados de seu catálogo e os fundiu com uma única e bem sucedida mistura de influências de RnB e Rock. Referindo-se simultaneamente pro início e o agora: ‘Why’d You Only Call Me When You’re High?‘ não sairia de seu álbum de estreia, ‘Do I Wanna Know?’ tem um riff que será tocado durantes anos, mas o gênio de ‘Knee Socks‘ o vê tocando em algo que vale seguir, uma assustadora base grave de um despedaçador de corações em júbilo, entrando num território não comercial. Enquanto desciam do “pedestal AM” ano passado, houve uma harmonioso questionamento em toda parte do mundo; pra onde eles vão a partir daqui? Mas eles já fizeram isso e, sem dúvida, irão se superar outra vez…

Notas
1 Classificação musical que denota que o compositor canta e toca as próprias músicas, sobretudo em instrumentos de cordas. Termo distinto a uma estrita apresentação, associado à tradição folk-acústica.
2 Progressão de acordes, intervalos ou notas musicais, que são repetidas no contexto de uma música, formando a base ou acompanhamento.
3 Desert rock é o nome dado ao estilo de várias bandas originárias da região californiana de Palm Desert, nos Estados Unidos. Também conhecida agora como stoner rock.

Adaptado de Gigwise

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