Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not – história e mensagem!

Chris McClure estampa a capa do primeiro álbum da banda. Em 2006, ele tinha apenas 19 anos e  a foto ocorreu em uma manhã no bar Korova, em Liverpool e Chris negou-se a receber qualquer tipo pagamento, acrescentando que estava feliz de fazer algo por eles. Mas pela insistência da banda, Chris, seu primo e um amigo receberam 70 libras esterlinas para passarem a noite em Liverpool.

Vocalista da banda The Violet May, Chris ainda anda por Sheffield e é amigo dos Monkeys. Em maio deste ano ele comemorou na sua conta do Twitter os 10 anos de trabalho com os Arctic Monkeys.

Por ser o álbum debutante que bateu recorde em rapidez de vendas no Reino Unido, acabou chamando muita atenção e a capa gerou controversa, acusados da possível influência e incentivo ao consumo de cigarros.

Dr. Laurence Gruer, responsável do Serviço de Saúde Nacional da Escócia, em entrevistas para o jornal Herald disse que a capa “reforça que fumar é OK”; “Com uma imagem descarada de um cara fumando, isto será visto por muitos como uma coisa legal para fazer”.

Video da sessão de fotos da capa do álbum.

As críticas  foram rebatida pelo empresário dos Arctic Monkeys na época, Johnny Bradshaw, “Você pode ver na imagem que ele fumar não está fazendo o mundo melhor”, “Nós não tivemos qualquer reclamação dos supermercados ou dos lugares onde o álbum está sendo vendido”.

E o drama acabou por aí mesmo.

Mensagem e análise

Domino Record

A capa do álbum é bem simples: é uma fotografia em preto e branco de um homem olhando diretamente para a câmera. Entretanto, esta simples foto é forte e efetiva na sua mensagem – sem mostrar glamour, roupas caras ou alguém famoso, a capa do álbum mostra um rapaz anônimo que significa o que o conteúdo realmente se trata: do cotidiano suburbano de adolescentes da classe média.

Chris está casual,  a pose de quem não está nem aí que vai aparecer na capa de um álbum, e o cigarro na mão que declara que ele não dá a mínima para o que pensam dele; o conjunto disso tudo traduz a ideia das músicas, representando um conceito sem nem mesmo precisar do título na capa ou a presença da banda.

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Já na parte de trás do álbum, Chris está de cabeça baixa e toda aquela confiança no olhar de antes agora desaparece, como se estivesse passando por algum tipo de problema naquele instante. A mudança da posição de Chris da capa para a contracapa representa o que as pessoas pensam que você é, e como você realmente é… Fechando a ideia do título entre as duas imagens.

A foto de alguém fumando está para a rebeldia do gênero rock também. O cigarro pode ser uma analogia ao vício da música e da vida noturna. Quando você abre o álbum, depare-se com cigarros desgastados e reforça a bagunça e o vício; aquele da capa era apenas mais um que passou pela mão de Chris – as letras do ‘Whatever…’ também falam de noites repetitivas, e a tentativa constante de sair da rotina mas sempre procurando o mesmo meio, que são as baladas, casas noturnas, festas e companhias da noite.

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Finalmente, a foto é real, com um “anônimo” na frente, sem luzes ou edições exageradas, sem nem mesmo conter o nome do álbum ou a cara da banda, deixando claro a mensagem: aqui você vai encontrar músicas reais de história de pessoas reais.

Qual a sua sugestão de interpretação? Comente!

 
Textos de: Alex Dos Santos e Fernanda Nascimento – Equipe AMBR.